quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Lago - Ana Teresa Pereira


O Lago é o romance de Ana Teresa Pereira galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela 2011, pela APE.
A Associação Portuguesa de Escritores atribuiu, no dia 24 de outubro, o Grande Prémio de Romance e Novela 2011, à obra de Ana Teresa Pereira, O Lago.  Ao lado da escritora madeirense estiveram, na qualidade de finalistas, Maria Teresa Horta, Mário Cláudio, Nuno Júdice e Teolinda Gersão.
Ana Teresa Pereira é autora de uma vasta obra, ocupando um lugar de referência na literatura portuguesa. O seu primeiro romance Matar a Imagem, publicado em 1989, foi vencedor do Prémio Caminho de Literatura Policial. Em 2005 a escritora é novamente distinguida pelo prémio literário do Pen Clube Português com o livro Se nos Encontrarmos de Novo e em 2007, com A Neve, recebe o Prémio Máxima de Literatura.

A escrita e o estilo de Ana Teresa Pereira:

“A envolver tudo em crescendo sub-reptício, o romantismo inglês e o universo pré-Rafaelita naquilo que recuperam de medieval. Mas os ambientes sinistros e atmosferas inquietantes evidenciam marcas e vestígios do gótico, às vezes transportados para território nacional e tempos modernos, contaminados pelos filmes mais recentes. Reveladas em epígrafe há as inspirações em Jorge Luis Borges, Henry James, Truman Capote, Iris Murdock, Hitchcock - este último ironicamente reinventado em “O Ponto de Vista das Gaivotas”, um dos contos de Fairy Tales (Black Son Editores, 1996), reeditado junto com Ghost Stories em A Coisa que Eu Sou (Relógio d'Água, 1997).”
http://www.arlindo-correia.org/240301.html

Um extrato de O Lago
            “Tom aprendera com José Quintero que não se deve roubar pão – o motivo é de ordem religiosa; e que dirigir uma peça ou um filme é procurar algo de tímido e de interior, escondido nos bosques do nosso ser.
            Era o começo do Outono e as folhas desprendiam-se das árvores; à noite fazia frio. No teatro, fazia sempre frio. Tom tinha visto tantas raparigas a lerem o papel, que começava a sentir-se aborrecido. Uma das actrizes profissionais do primeiro dia…
A rapariga foi a última da tarde. Ele viu-a atravessar a sala e subir para o palco sem grande interesse. Era bonita, o cabelo louro comprido, o corpo magro, vestia um casaco preto de cabedal que tirou antes de sentar-se. Por baixo vestia uma T-shirt branca, sem mangas, e uma saia preta que lhe ficava alguns centímetros acima do joelho. Botas pretas. Parecia cansada.

            Tom conhecia aquele cansaço. Não era o cansaço de quem trabalhara muito naquele dia, de quem trabalhara muito na véspera, mas a simples dor de estar vivo. Devia ter vinte e nove ou trinta anos. Ele conseguia ver a sua história nos olhos cor de avelã. O trabalho num bar para pagar os estudos, um ou dois bons papéis, inúmeras audições e depois nada. Pequenos papéis em peças que saíam de cartaz ao fim de umas semanas e nada.”

[in O Lago, de Ana Teresa Pereira, Relógio d'Água, 2011] acedido através de http://bibliotecariodebabel.com/tag/ana-teresa-pereira

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Manuel António Pina

O escritor e jornalista galardoado com o prémio mais importante da língua portuguesa em 2011 - O Prémio Camões - faleceu no dia 19 de outubro.

Procura na BE o livro Os Piratas


               Manuel António Pina

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

José Saramago


Há exatamente 14 anos, em 1998, foi atribuído o Prémio Nobel a José Saramago. Passamos pelo blogue VAC - Associação Viver a Ciência e lemos este artigo interessante, que partilhamos.